As miudezas

Das miudezas se nasce uma flor, uma seiva, o amor. Resistente as grandes transformações, as miudezas perpetuam. Surgem quimeras, brotos, orvalhos. Égide e sustento, como  a alma do mundo. Por isso, magnânimas.
Olha a miudeza do contato físico, o pequeno gesto, aquele sutil:  o olhar que não precisa de palavras, o toque que não necessita da visão, nem nada.
O cheiro gostoso da chuva e a emoção sentida na alma.
Como o liquen (o lodo) escorregadio que vive em intrínseco mutualismo com algas, plantas, rochas, e as chamadas cianobactérias.
Ah que beleza! 
 São as miudezas.

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